Pedir comida pelo telefone é coisa do passado. Depois do iFood, não é preciso depender de imãs de geladeira e toneladas de panfletos para encontrar o que pedir. Pode também dispensar o telefone e esquecer as filas de espera intermináveis até receber a comida. Um hambúrguer? Um filé com fritas? Talvez algo saudável, como um sanduíche natural? Ou quem sabe uma pizza? O iFood veio para deixar seu prato preferido a um clique de distância.
A história
Tudo começou com os sócios Patrick Sigrist, Eduardo Baer, Guilherme Bonifácio e Felipe Fioravante. Sigrist era proprietário da Disk Cook, que desde 1997 oferecia toda a estrutura de delivery a restaurantes que não tinham o serviço. Era uma central telefônica que gerenciava pedidos de entregas de refeições em domicílio para restaurantes de alto padrão. O empresário percebeu que seu modelo de negócio poderia funcionar muito melhor caso o telefone fosse substituído pela internet. No dia 15 de maio de 2011, ele e seus sócios resolveram criar em São Paulo o iFood, inicialmente um site que nascia com a ambição de se tornar uma grande praça de alimentação online. Com apenas seis meses de vida, o site já reunia o cardápio de 650 restaurantes e contabilizava mais de 16 mil pedidos realizados pela web. Para que o delivery fosse bem sucedido na internet, o iFood demandou uma inovação tecnológica. Depois que o consumidor escolhia um item do cardápio e fechava a conta pelo site, a descrição do pedido saía em um tíquete impresso no restaurante por uma máquina semelhante às usadas nas operações de cartão de crédito.
Pouco depois, a confiabilidade do sistema ajudou a empresa a conseguir um aporte de R$ 3.1 milhões do fundo de venture capital Warehouse. Isto permitiu que o iFood disputasse clientes com um concorrente de peso: o Restaurante Web. O iFood começou a ganhar visibilidade em 2012 quando lançou um aplicativo para iPhone focado no mercado de delivery. O aplicativo permitia o acesso ao sistema de pedido, cardápios, preços, formas de pagamentos, inclusive a geolocalização, que mapeia os estabelecimentos localizados na área de entrega desejada. Com o aplicativo, que também seria lançado para outros sistemas operacionais como Android, o iFood oferecia uma solução completa e inovadora de entrega de comida para o consumidor. O aplicativo trazia uma enorme vantagem ao público, considerando que ele dispensa o uso do computador para pedir a comida e ia ao encontro de uma tendência que vinha ganhando cada vez mais força: mobilidade e praticidade, a frequente utilização de smartphones para a realização dos mais diversos tipos de tarefas.
O aplicativo de delivery de comida ganhou impulso em 2013 ao receber um aporte de US$ 5.25 milhões da Movile – empresa líder em plataformas de comércio e conteúdo virtual na América Latina, que aumentaria sua participação ao longo do tempo. Com isso o serviço foi expandido para outras várias cidades brasileiras. Em seguida, o iFood acelerou seu crescimento por meio da fusão com diversos sites similares, como por exemplo, o Restaurante Web (controlado pela britânica Just Eat). Isso garantiu que o iFood consolidasse sua liderança no mercado brasileiro. Em 2014, o iFood anunciou a compra da Central do Delivery, cuja aquisição ampliou sua atuação nas regiões norte e nordeste do país. Ao todo, foram incorporados 260 novos estabelecimentos ao iFood, fortalecendo a base nas capitais Recife (PE) e Belo Horizonte (MG), além de iniciar atuação em novas praças, como João Pessoa (PB), Campina Grande (PB) e Manaus (AM). E a fome do iFood parece ser igual ao de seus clientes. Isto porque, em 2016, um de seus maiores concorrentes a HelloFood, passou a ser controlado pelo iFood.
Mais recentemente o iFood iniciou sua operação no México. Após levantar US$ 100 milhões com investidores, a empresa adquiriu 49% do serviço mexicano de delivery de comida SinDelantal, dando o primeiro passo para o processo de internacionalização de seus negócios. A compra foi feita em parceria com a empresa britânica Just Eat – uma das principais investidoras do iFood, ao lado da brasileira Movile, que detém 60% da empresa. Na prática, a operação do serviço no México ficará sob a responsabilidade da equipe do iFood que, por enquanto, não pretende lançar sua marca no novo mercado. O iFood também considera expandir a operação do serviço para outros países da América Latina nos próximos anos, e já iniciou operação na Argentina e Colômbia. Além disso, a marca vem desenvolvendo novo serviços (alguns deles ainda em teste) como o iFood Office, uma nova maneira para almoçar no trabalho, com tempo e entrega pré-determinada; e o Descobrir, onde os usuários podem encontrar listas de restaurantes de acordo com ocasiões e preços. Há promoções, dicas além do bairro, para quem tem pressa. Os clientes também podem criar suas listas privadas e gravar restaurantes favoritos.
Nos últimos anos, com o aumento da concorrência, o iFood não pretendia perder o primeiro lugar facilmente. Além das inúmeras aquisições, inclusive de grandes concorrentes, a marca resolveu investir pesado em marketing a partir de 2014. Com isso iniciou campanhas publicitárias recheados de humor e estreladas pelo humorista Fábio Porchat, as irmãs Bela e Preta Gil e o cantor Maurício Manieri. Por isso, para qualquer lugar, hora, bolso ou gosto. iFood é pra qualquer fome.
Os slogans
Para qualquer fome. (2016)
Baixou, pediu, comeu. (2014)
Seu novo jeito de pedir comida.
O delivery dos deliveries.
Dados corporativos
● Origem: Brasil
● Fundação: 15 de maio de 2011
● Fundador: Patrick Sigrist, Eduardo Baer, Guilherme Bonifácio e Felipe Fioravante
● Sede mundial: São Paulo, Brasil
● Proprietário da marca: iFood S.A.
● Capital aberto: Não (subsidiária da Just Eat e Movile)
● CEO: Felipe Fioravante
● Faturamento: R$ 200 milhões (estimado)
● Lucro: Não divulgado
● Presença global: 4 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 500
● Segmento: Tecnologia
● Principais produtos: Plataforma web e mobile de delivery de comida
● Concorrentes diretos: Pedidos Já e UberEats
● Slogan: Para qualquer fome.
● Website: www.ifood.com.br
A marca no mundo
Hoje, o aplicativo está presente em 150 cidades de 15 estados brasileiros, conta com mais de 15 mil restaurantes cadastrados, mais de 2 milhões de usuários ativos e processa 3 milhões de pedidos ao mês, gerando um valor transacionado anual de R$ 2 bilhões aos restaurantes. A cada 1 segundo, o iFood entrega um novo prato. Com isso, domina 80% do mercado brasileiro neste segmento. O iFood ainda está presente na Argentina, Colômbia e México, realizando aproximadamente 200 mil pedidos por mês com 4.000 restaurantes cadastrados. O modelo de negócios do serviço é baseado na cobrança de uma comissão de 12% sobre o valor de cada pedido de usuários aos restaurantes credenciados.
Você sabia?
● O iFood faz mais de 150 mil pessoas felizes por dia. Nem no maior restaurante do mundo daria para atender, saciar e ainda garantir a satisfação de tantos clientes.
●É básico: o iFood deseja que a comida chegue sempre deliciosa. Por isso dedica pesquisas também a novos modelos de embalagem para cada tipo e temperatura de prato.
● O aplicativo para celular iFood é o mais usado na categoria de apps delivery no Brasil e vem conquistando cada vez mais usuários e restaurantes parceiros.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Isto é Dinheiro, Exame e Época Negócios), jornais (Valor Econômico, Meio Mensagem, Folha, O Globo e Estadão), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas).
Última atualização em 14/2/2017